Os meus olhos estão cheios de noites de sonhos cheios de quase tudo cheios de quases, cheios de pares emolduradas nos quadros de religiosidades de sonambulismo, de escombros e de rochedos e de sonhos desfeitos nos fios das navalhas dos barbeiros, cheios de lágrimas que se esbatem no areal do horizonte fechado nas janelas dos amanheceres , cheios de escalas mundiais, e de montanhas escaladas sobre as montanhas das noites solitárias, cheios de punhais desbastando o mato da floresta de dores, de solidões, de noites em dias, punhais desbastando todo o futuro como se fosse a selva do presente em neblinas em frente da minha boca defronta de outra coisa qualquer , cheio de gritos, de ecos, de responsoriais salmos evangelhos , e de sangue, sonhos metálicos encaixotados na solidão.